terça-feira, 11 de outubro de 2011

O andar do bêbado


Muito proveitosa a leitura de livro que me foi indicado pelo mestrando Eric de Moraes Dantas, da Faculdade de Direito da UFC. Trata-se de "O Andar do Bêbado", de Leonard Mlodinow, obra na qual se examina o papel do acaso, do aleatório, em nossas vidas, e de como não percebemos e não estamos preparados para lidar com isso. A explicação que dá a respeito de como é fácil explicar o passado (que nos parece, visto em retrospecto, muito claro e previsível), mas de como é difícil prever o futuro, é fantástica, e resume com muita clareza o trabalho de historiadores, meteorologistas, economistas e até juristas. Também excelente é a explicação que dá a respeito do "efeito borboleta", e de como ele foi descoberto - igualmente por acaso - nos estudos de Edward Lorenz. Uma ótima sugestão de leitura para o feriado.

4 comentários:

Hugo de Brito Machado Segundo disse...

Uma boa amostra pode ser encontrada em

http://zahar.com.br/doc/t1008.pdf

Milton Vasconcellos disse...

Fiz a "degustação" trazida pelo link que você postou e gostei....rsss

O texto parece ótimo material também para estimular o estudo de Hemenêutica, fugindo assim à linguagem dos clássicos que tanto amedronta os estudantes. Aliás, lanço-lhe um questionamento ao aceitarmos que o estudo da Hemenêutica seja feito nas cadeiras iniciais do curso de direito(gealmente 1 ou 2 semestre), não estamos perdendo muito do potencial que esta disciplina pode oferecer à formação do jurista?

Ou tal formação seria fundada nas própias escolhas do indivíduo sendo portanto algo absolutamente aleatório?

Pessoalmente creio que até o aleatório torna-se "insumo" da nossa racionalidade quando tentamos buscar uma explicação para tais posturas. Ao final, tudo comporá a chamada "pré-compreensão" gadameriana e nos formará enquanto pessoas.

Excelente o texto.. vou adquiri-lo para aprofundar o debate com os alunos.

Obrigado pela indicação.

Parbéns pelo blog. Muito bom!

Saudações baianas.

Anônimo disse...

Ótima indicação de leitura. Já devorei este livro 2 vezes, e sempre se mostra frutificante sua leitura.

Marcelo

Hugo de Brito Machado Segundo disse...

Bom que gostaram.